Há uma semana começaram os trabalhos da Comissão de Inquérito Parlamentar
ao caso BES.
O governador do Banco de Portugal garantiu que tomou a decisão da
medida de resolução sem consultar o governo.
A Ministra das Finanças voltou a
dizer que o governo não meteu prego nem estopa na resolução.
Ficou por esclarecer como não sabendo da resolução, tivesse o governo a
necessidade de reunir clandestinamente para aprovar legislação que permitisse
que o governador do Banco de Portugal apresentasse a solução encontrada para a
eventual resolução do problema BES.
Não joga a bota com a perdigota.
Relata o jornal I:
Nota para o pequeno confronto entre a ministra e o
deputado comunista Miguel Tiago, ia a audição na segunda das seis horas que
durou. Miguel Tiago disse à responsável que "algumas declarações que fez
[sobre a estabilidade do BES] vieram a revelar-se não verdadeiras" e a
resposta foi exaltada: "Eu não menti em nenhum dos momentos em que falei
neste parlamento e agradeço que o senhor deputado não volte a dirigir-se a mim
nesses termos."
Apesar de todas as garantias, há uma questão que ainda
não ficou esclarecida: como pôde o BdP tomar uma decisão destas sem consultar
as Finanças? E outra, mais sensível e importante para os contribuintes: esta opção
comporta ou não custos para o contribuinte? Maria Luís garante que não. Os
deputados recordam que o Fundo de Resolução é tutelado pelo Ministério das
Finanças. E que só a contribuição para este fundo da Caixa Geral de Depósitos,
o banco público, chega aos 30%.
Os trabalhos da comissão serão retomados a 3 de Dezembro com a presença
da família Espírito Santo.
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