Juliette Greco evoca Miles Davis, amante. Quando, anos
depois, o reencontrou em Paris. Ela, alguns passos na sala, de costas, um pouco
curvada, desatenta: procurar um isqueiro, encher um copo com álcool, abrir uma
janela porque faz calor. E ele ri, feliz. Juliette Greco pergunta: "Estás
a rir, porquê?” E Miles Davis responde: “Porque reconheceria esse movimento de
ancas em qualquer parte do mundo.
Eduardo Prado Coelho em Tudo o Que Não Escrevi, Volume I,
Edições Asa, Porto, Abril de 1993
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