Foi graças ao sobrinho de Ofélia, o poeta
Carlos Queirós, amigo de Pessoa desde 1925, que este restabeleceu contacto com
ela, nove anos depois de ter posto fim ao namoro. Num dia de Setembro de 1929,
o poeta mais novo levou para casa, onde a tia vivia, uma fotografia que Pessoa
lhe oferecera e que o retratava numa adega a beber aguardente. Ofélia, que
achou a foto engraçada, disse que gostava de ter uma para si. Passados dias,
recebeu um retrato idêntico, com a hoje célebre dedicatória «Fernando Pessoa,
em flagrante delitro».
Richard Zenith em Fotobiografiade Fernando Pessoa.
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