sábado, 11 de junho de 2016
OLHARES
Feira do Livro.
Na década de 90, despedia-me por vezes de colegas dna Feira do Livro de Lisboa com um«até para o ano, se ainda houver livros».
A frase era irónica. numa época em que os artigos sobre a crise do livro tipográfico formavam uma espécie de género ensaístico menor. Alguns anos depois tingiu-se de humor negro com o surgimento dos leitores de e-books e de uma geração habituada aos écrans e desabituada de livros.
Mas o livro impresso entrou no século XXI com inesperado vigor e as previsões sobre o avanço da da edição electrónica revelavam-se apressadas.
Fernando Vale, editor da Relógio D'Água.
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