Feira do
Livro.
Eu sabia que
quando passasse pelo pavilhão da & etc. na Feira do Livro, não iria
encontrar o Vitor Silva Tavares.
O ano
passado, nas duas vezes que por lá passei, também não o encontrei, mas aí sabia
que era apenas um desencontro e bastava descer ao subterrâneo da Rua da Emenda
para o ouvir, brilhante contador de histórias que ele era.
Mas agora, a
situação é irremediável.
O Vitor
deixou-nos, ia Setembro passado pelo meio.
Olho o
pavilhão e apenas acontecem memórias fugidias de um homem que, como ninguém,
amava os livros.
E que tenho
imensa pena de não mais ouvir, de deixar de saber a sua alegria de menino
quando punha um livro nos escaparates.
No pavilhão
da Quetzal, folheio o último livro de Patti Smith, saído no mês passado, e em
lista de espera para ser comprado.
Como sempre,
leio o começo do livro.
Sinto um
arrepio: o livro segue o acordês.
A minha
vontade é deixá-lo por ali.
Mas Patti
Smith é um chamamento, e o meu inglês-de-cais-do-sodré não dá para ler o
original.
Mal digo as
brilhantes mentes que pariram semelhante atrocidade, e levo o livro para casa.
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