Com 103 anos, morreu o actor Kirk Douglas.
Provavelmente a última lenda do meu cinema.
Que tenho para dizer?
Apenas uma grande tristeza.
Hollywood nunca lhe deu um Óscar, mas isso não conta para nada porque os Óscars de
Hollywood são uma história demasiado estafada e sem qualquer ponta de interesse.
Acabaram por dar, em 1966, a Kirk Douglas a esmola-óscar-de-carreira, mas esqueceram tudo o resto.
Que se danem!
Kirk Douglas terá percorrido todos os géneros de filmes que o cinema nos ofereceu, tendo sido dirigido pelos maiores mestres da sétima arte: entre outros Billy Wilder, Vincente Minnelli, Howard Hawks, Stanley Kubrik, Elia Kazan.
Meia dúzia de filmes de Kirk Douglas de mera escolha pessoal por motivos que não sei bem explicar ou iria demorar algum tempo.
Ulisses
Duelo de Fogo
Céu Aberto
Spartacus
A Vida Apaixonada de Van Gogh
O Grande Carnaval.
Ulisses terá sido o primeiro filme que vi de Kirk Douglas. Nunca esqueci o pisar das uvas para embebedar o tal gigante. Vi-o mais de uma vez, a última na Cinemateca, em Setembro de 2010, com o meu neto Afonso então com 11 anos.
Não esqueço que Kirk Douglas, para além de actor, foi produtor executivo de Spartacus e escolheu para argumentista Dalton Trump que, estando na lista negra do macartismo, se encontrava sem possibilidade de trabalhar.
2 comentários:
Kirk Douglas é do tempo em que o cinema era feito por homens/mulheres de carne e osso; agora o cinema, na maioria, é feito por computador.
É isso mesmo, caríssimo Seve.
Nos meus primeiros tempos de cinema a nossa preocupação girava em torno de sabermos quem interpretava os filmes e não quem os realizava. Esse pormenor só veio muito depois. O problema do cinema hoje em dia é ser feito em computador,
e ao sabor do abominável cheiro a pipocas.
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