domingo, 23 de fevereiro de 2020

O MAIS PERTO DO DIVINO QUE JÁ OUVI


Depois de um concerto meu em Sevilha, saiu uma crítica que dizia: “Portugal ya encontradio su Jacques Brel.” E pensei: “Grande elogio”, vou prestar atenção a Jacques Brel e disse: “Caraças, estamos aqui na presença do maior intérprete de todos os tempos.” Comecei a perceber as suas letras, verdadeiros poemas. Não sei se ele é um poeta que canta, um cantor que escreve poema, um ator que também canta ou um cantor que também representa. Só sei que é a coisa mais sublime e mais perto do divino que já ouvi na minha vida.

Salvador Sobral

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