Essa triste personagem que dá pelo nome de Isabel Jonet, dona do Banco Alimentar Contra a Fome, sucessora-mor das tipas do salazarista movimento nacional feminino, e não sabe, ou não quer dizer, mais o quê, face à esmola que o governo de António Costa deu aos portugueses, diz-nos que é necessário explicar às pessoas que «Quando se atribui uma ajuda deste tipo, única, é importante fazer uma pedagogia e explicar às pessoas que não podem ir gastar estas verbas todas de uma só vez até porque isso pode ter um efeito que é contrário ao nível da inflação.»
Há manhãs em que lhe
apetece enfrascar-se como um velho cossaco.
Mas perde-se a ler jornais antigos.
Num deles, este final de crónica de Ana Leonardo Coimbra:
«Creio que foi no
livro onde se reúnem as conversas travadas entre Marguerite Yourcenar e
Matthieu Galey durante longos anos (De Olhos Abertos, Relógio d’Água,
2011) que li, apadrinhada pela autora do extraordinário A Obra ao Negro,
a seguinte ideia: temos a obrigação moral de morrer menos estúpidos do que
nascemos.
Yourcenar dizia-o,
claro, de modo mais sofisticado, decerto mais luminoso. Trata-se de um
propósito nobre. Tanto mais nobre, quanto inútil. Porque quando pensamos estar
quase, quase, mesmo quase a ficar menos estúpidos (ou seja, mais gregos e
socráticos…), Bumm! Crash! Palft! FIM e lá vamos nós navegando Lethes fora com
a Ceifeira ao leme.»
1 comentário:
Oh Sammy, por favor, enquanto que a Supico Pinto tinha apenas um ou dois pobrezinhos a seu cargo já viu quantos tem a Isabel Jonet...
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