Por Setembro, lembrando sempre o meu pai quando, em
plenos calores estivais, dizia: «em Setembro voltamos a ser gente.»
Eugénio de Andrade conhecia Setembro pelo cheiro.
O ar ainda é quente, mas mais lá para a frente, começará
a cheirar a Outono, e tardará pouco para ir ao armário buscar uma
lãzinha, talvez se encontrem uns trocos num qualquer bolso, também o
entusiasmante fumo dos vendedores de castanhas a espalhar-se pela cidade.
Em Setembro, planta, colhe e cava, que é mês para tudo.
Hão-de apanhar-se as uvas e tudo ficará a cheirar a mosto.
Ramo curto, vindima longa.
Cheiros e mais cheiros.
«Setembro era também o mês do equinócio, único tempo
de Verão em que havia ondas e marés vivas. Para o fim dele, as tardes faziam-se
frias e As camisolas ou “pull-overs” eram de uso obrigatório. No fim do mês,
choviam as primeiras chuvas e a terra encarnada da Arrábida ganhava um cheiro
especial que nunca mais esqueci e que me volta ao nariz de cada vez que oiço a
palavra afrodisíaco», escreveu João Bénard da Costa ele que, por
Setembro, como sempre lembrava, ia «Arrabidar».
Setembro é o 9º mês do ano e tem 30 dias.
No dia 1 o sol nasce às 06h 6m e o ocaso verifica-se às 19h 07m
No dia 30 o sol nasce às 06h, 31m. e o ocaso verifica-se às 18h 21m.
Durante Setembro o mês diminui 1h 11m.
As mulheres nascidas em Setembro são alegres, afectuosas e sentimentais;
procuram agradar e têm muitos adoradores. E apreciam os prazeres.
Os homens são amáveis e simpáticos. Gostam da harmonia e da ordem; são
prudentes, indecisos; possuem boas ideias e habilidade na maneira de conduzir
os negócios. Cumprem sempre as suas promessas.
Incensos: gardénia
Pedra: safira
Metal: platina
Cor: azul céu.
Na horta continua a sementeira de alhos, cebolas, rabanetes, couve-flor,
agriões, alfaces, espinafres de Inverno.
Com as primeiras chuvas plantar morangueiros, regando até pegarem.
No jardim semeiam-se amores-perfeitos, begónias, cravos, gipsofilas, margaridas.
E fica-se a saber que faltam 116 dias para que seja Natal.
Há muitas canções para saudar Setembro.
A mais antiga de que me lembro é C’est un
Septembre do velho Gilbert Bécaud, também visitada por Neil Diamond, o
cantor do casaquinho azul, como lhe chamava o Dinis Machado.
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