Muito longe, mas mesmo muito longe, vai o tempo em que todos os dias dava um salto à Feira em busca dos Livros do Dia.
Agora estão todos na Internet.
A Feira este ano apresentava
340 pavilhões em representação de 981 chancelas editoriais.
Se 61% dos portugueses, num ano, não leem um único livro, interrogo-me quem são os leitores da esmagadora dos livros que se publicam em Portugal, dos mais diversos temas, religiões e sei lá mais o quê.
As minhas pernas já não conseguem percorrer aqueles extensos corredores que são a Feira do Livro no Parque Eduardo VII. Vou-me socorrendo do mapa da APEL e, por atalhos, vou direito aos pavilhões onde quero encontrar os livros que procuro.
Como agora dedico-me
mais a releituras do que palmilhar livros de gente nova e outros escritores que
não conheço sequer de nome.
Há livros, autores que vou tendo dificuldade em ler, arrasto-me pelas páginas.
Humildemente, ponho
sempre as culpas em mim.
Mas terei sempre que
ir à Feira. Noutras feiras para tirar a fotografia ao pavilhão da & Etc.,
mas a Letra Livre já não lhe dá boleia porque a & Etc. acabou mesmo, uma
das mais interessantes aventuras editoriais, comandada pelo Vitor Silva
Tavares, mas vou sempre pela vista com o Tejo ao longe e pelos jacarandás.
Gosto das editoras que ainda guardam a possibilidade de pagar o livro no acto da sua compra. Odeio quando terei que ir para a bicha das editoras que estão colocadas nas aglomerações dos grupos editoriais. Aconteceu-me com o livrinho da Assírio & Alvim. Encontrei-o facilmente no pavilhão mas depois fiquei à espera uns 10/15 minutos para o poder pagar.
Nada a fazer: vou ficando velho e rezingão!
1 comentário:
Acredite Caro Sammy - é um outro mundo...
Enviar um comentário