segunda-feira, 10 de julho de 2023

O FECHAR DOS TAIPAIS


 É difícil perceber o que se passa com António Costa. A ideia que o governo transmite é que tanto o primeiro-ministro, como os ministros, como os secretários de estado, andam a escorregar na maionese.

Ana Sá Lopes no Público:

«Quando foi interrogado sobre o caso do secretário de Estado da Defesa suspeito de corrupção, Costa – que na véspera se tinha recusado a comentar a demissão - disse que era preciso deixar a justiça fazer o seu trabalho. Aí, tudo bem.
O problema é o que diz a seguir: “Sem ter que diminuir aquilo que preocupa muito os comentadores e o espaço político, eu sinceramente aquilo que eu sinto que preocupa as pessoas são temas bastante diferentes. Eu ando muito na rua, vou ouvindo o que as pessoas me dizem, e as pessoas dizem-me coisas que têm pouco a ver com esses assuntos.” Segundo o chefe do Governo, a inflação, a melhoria de rendimentos, sim, isso “interessa às pessoas”; a possibilidade de corrupção e da péssima gestão do Estado não interessa a ninguém.
Não se percebe se António Costa teve consciência da enormidade que disse ou se pensa exactamente assim ou se teve um descolamento da realidade similar a um desmaio.

1.

 Em Portugal 210 mil pessoas acima dos 65 anos continuam a trabalhar enquanto 255 mil pessoas têm segundo emprego, o número mais alto dos últimos anos.

2.

De acordo com os dados mais recentes (2020), há cerca de 345 mil crianças em Portugal a viver abaixo do limiar da pobreza.

3.

Em apenas 10 anos a Igreja Católica perdeu perto de 240 mil fiéis, enquanto quase todas as outras crescem, com a Evangélica em destaque. Mas a grande mudança em curso na sociedade portuguesa é o crescimento de quem não professa qualquer religião.

4.

Numa  entrevista à CNN, Joe Biden acusa os ultranacionalistas que actualmente suportam o governo de Telavive, liderado por Benjamin Netanyahu, de serem "parte do problema" do conflito israelo-palestiniano, por aprovarem a instalação de colonos judeus "onde lhes apetece".

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