É difícil perceber o que se passa com António Costa. A ideia que o governo transmite é que tanto o primeiro-ministro, como os ministros, como os secretários de estado, andam a escorregar na maionese.
Ana Sá Lopes no Público:
«Quando foi interrogado sobre o caso do
secretário de Estado da Defesa suspeito de corrupção, Costa – que na véspera se
tinha recusado a comentar a demissão - disse que era preciso deixar a justiça
fazer o seu trabalho. Aí, tudo bem.
O problema é o que diz a seguir: “Sem ter que diminuir aquilo que preocupa
muito os comentadores e o espaço político, eu sinceramente aquilo que eu sinto
que preocupa as pessoas são temas bastante diferentes. Eu ando muito na rua,
vou ouvindo o que as pessoas me dizem, e as pessoas dizem-me coisas que têm
pouco a ver com esses assuntos.” Segundo o chefe do Governo, a inflação, a
melhoria de rendimentos, sim, isso “interessa às pessoas”; a possibilidade de
corrupção e da péssima gestão do Estado não interessa a ninguém.
Não se percebe se António Costa teve consciência da enormidade que disse ou se
pensa exactamente assim ou se teve um descolamento da realidade similar a um
desmaio.
1.
Em Portugal 210 mil pessoas acima dos 65 anos continuam a trabalhar
enquanto 255 mil pessoas têm segundo emprego, o número mais alto dos últimos
anos.
2.
De acordo com os dados mais recentes (2020), há cerca de 345 mil crianças em Portugal a viver abaixo do limiar da pobreza.
3.
Em apenas 10 anos a Igreja Católica
perdeu perto de 240 mil fiéis, enquanto quase todas as outras crescem, com a
Evangélica em destaque. Mas a grande mudança em curso na sociedade portuguesa é
o crescimento de quem não professa qualquer religião.
4.
Numa entrevista à CNN, Joe Biden acusa os ultranacionalistas que actualmente suportam o governo de Telavive, liderado por Benjamin Netanyahu, de serem "parte do problema" do conflito israelo-palestiniano, por aprovarem a instalação de colonos judeus "onde lhes apetece".
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