sábado, 5 de agosto de 2023

CONVERSANDO

Jorge Mario Bergolio, um homem simples, um padre de espírito aberto, que gosta de futebol, que quando se preparava para se reformar, lhe disserem que muitos católicos o queriam como futuro Papa.

Terá sorrido e seguiu o caminho.

Foi eleito Papa, Francisco, 266º papa da igreja católica, no dia 13 de Março de 2013.

Levou para o Vaticano toda a sua simplicidade, o anterior papa calçava sapatos Prada, e fez da frontalidade, da bondade, da humildade os grandes desígnios do seu papado. Nunca deixou de denunciar os erros da sua igreja. Claro que os velhos padres do Vaticano não o deixam chegar onde ele quereria chegar, mas mesmo assim caminha, avança. Olhou os escândalos de pedofilia e chamou-lhes um horror. Bem ao contrário do que a maior parte de cardeais e bispos fizeram que foi ocultar e deixaram da igreja uma imagem sem pingo de perdão.

Jornada Mundial da Juventude 2023.

Olhei os sorrisos dos cardeais e bispos portugueses perante o Papa em Lisboa, e sinalizei cinismo. São lobos escondendo perfídias várias. Sabiam dos crimes dos padres e esconderam tudo. Ainda hoje não sabem dizer uma razoável, decente palavra sobre tão lamentável drama.

Como muito bem diz Francisco: «Sei que sou uma pedra no sapato, mas não tenho medo.»

Francisco fará 87 anos em Dezembro.

Nestes dias de Jornada lisboeta, mostrou algumas fragilidades físicas que, de todo, não conseguiu evitar.

Pela maior parte deste  velho clero português, não será escolhido um outro Papa igual ou melhor que Francisco. Terá que ser alguém longe de qualquer ponta de progressismo. A igreja ainda está impregnada dos velhos e bafientos tempos, terríveis tempos das sacristias salazarentas.

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