Poesia: Programa Para o Concreto
Alexandre
Pinheiro Torres
Capa:
Espiga Pinto
Colecção Poesia e Ensaio nº 10
Editora
Ulisseia, Lisboa, Fevereiro de 1966
O
desencanto de Cochofel te, todavia, os seus limites. Nos seus versos perpassa,
apesar de tudo, uma vontade de continuar a resistir:
aqui
definha
quem
ama e crê
……………………….
soldado
preso,
esta
é a arma que tens.
Mas
o seu optimismo surge raramente. Dir-se-ia não haver lugar para ele. E quando
surge parece ser um optimismo por volição. Cochofel quer ser optimista. A poesia final é uma afirmação de crença, embora
Cochofel nos demonstre que não é tão ingénuo em coisas de arte que acredite que
a poesia. Mesmo a neo-realista, tenha de ser fatalmente um programa de optimismo.
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