Os Itinerários do Eduardo são tirados de poemas seus, mas essencialmente dos textos de Isto Anda Tudo Ligado.
Quando
apanhei o terrível susto de enfrentar que tinha perdido o livrinho de capa
vermelha, andei pela internet sabendo se alguém tinha algum exemplar à venda.
Nessa
andanças encontrei um texto de Carlos Loures, que é autor do 2º volume dos Cadernos Peninsulares editados pela Ulmeiro.
Carlos
Loures foi amigo do Eduardo Guerra Carneiro e esgalhou um texto sobre o livro em A Viagem dos Argonautas.
Lembrando
sempre o Eduardo, reproduzo o texto do Carlos Loures, que constitui um outro
dos muitos Itinerários do Eduardo, uns já feitos outros ainda por fazer:
«A
frase “Isto anda tudo ligado” já é antiga, mas quem lhe deu vida nova e foros
de expressão erudita foi o escritor e jornalista Eduardo Guerra Carneiro,
que a usou como título num seu livro de poemas Isto Anda Tudo Ligado. E este título, como disse Jorge Listopad,
numa nota publicada na «Colóquio-Letras», que aparentemente é um «slogan banal», tem sido centenas de vezes
utilizado, por escritores, jornalistas, por músicos (como Sérgio Godinho) e não
só. Creio que muitos que o utilizam já nem o relacionam com o grande poeta e a
maravilhosa pessoa que foi o Guerra Carneiro. Não é o meu caso. Fui muito amigo
e companheiro de luta do autor destas palavras. O livro em questão foi o
primeiro da colecção Cadernos Peninsulares que o editor da Ulmeiro,
o José Antunes Ribeiro, organizou em 1970. O meu livro A Poesia Deve Ser Feita por Todos, foi o segundo livro dessa colecção e
seria apreendido pela PIDE. Ambos os títulos, o do Eduardo e o meu, são hoje
livros de alfarrabista. As tiragens até nem foram pequenas, mas um incêndio no
armazém da editora transformou-os em raridades. Ainda há relativamente pouco
tempo comprei um exemplar do meu livro com as extremidades das
páginas queimadas.»
Legenda:
pormenor de uma «hors-texte» da autoria
de Carlos Ferreiro e tirado do livro do Eduardo «Como Não Quer a Coisa»
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