Aquele livrinho de capa vermelha editado pela Ulmeiro.
Custou-lhe 25 escudos, qualquer
coisa como 0,125 euros. Dá para sorrir, agora, mas naquele ano de 1970, não era
fácil o sorriso…
Irá
pegar em alguns poemas e textos do Eduardo e chamar-lhe-á Os Itinerários do
Eduardo.
Há um poema do Eduardo Guerra Carneiro, no É Assim Que Se Faz a História, onde se pode ler:
Morrer de amor como o King Kong.
Até ler o poema do Eduardo, nunca vira o
filme de Meriam
C. Cooper.
Apanhei-o tempos depois numa sessão da
meia-noite no Cinearte, meados de 1973, depois de umas bifanas
e umas largas imperiais nos Caracóis da Esperança.
Uma sala cheia para ver o filme. Gente que vibrava de uma maneira única. Quem não assistiu a sessões destas, não tem a total noção do que é ver cinema.
A heroína do filme era a actriz Fay Wray.
Apesar de ter participado em mais de uma
centena de filmes, foi a sua criação de loura, por quem um macaco gigante se
apaixona, que a tornou famosa. E será sempre a imagem da jovem desfalecida na
mão de um macaco gigante, no alto do Empire State Building a
ser atacado por aviões.
Sim, morrer de amor como o King
Kong.
Ir ver um filme por causa de um poema.
Isto Anda
Tudo Ligado, já lá dizia o velho.
E dizia bem.
1 comentário:
O que agora é fino é ver a Netflix...
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