terça-feira, 8 de agosto de 2023

CONVERSANDO

De modo algum pretendo que num qualquer dia queira mudar a minha relação com igrejas, cleros, anjos, deuses. 

São muito fortes as fontes de que me servi para conhecer a história das religiões.

Tudo o que se passa em redor do mundo que envolve a pobreza, o sofrimento de milhões de pessoas, as guerras, não pode ter a mão, do tal Deus.

Como um dia disse José Saramago, as religiões nunca serviram para aproximar os seres humanos.

Mas este Papa Francisco surpreende.

E sabemos que não consegue pôr em prática tudo aquilo que ele acha mal na igreja.

Nos dias em que por aqui esteve, dirigiu palavras que importaria que não fossem esquecidas:

Ponham-se a caminho, apressadamente, mas não ansiosamente. Sejam inconformistas, ousados e empreendedores de sonhos.

E falou dos que caem lembrando que cair não é problema, problema é permanecer no chão e lembrou um filósofo que disse que a mensagem revolucionária consiste em encontrar amável mesmo o objecto não amável.

Lembrando as ondas gigantes da Nazaré, disse : Sigam a onda, tornem-se os surfistas do amor.

E acima de tudo: Não tenhais medo!

Os números da Jornada:

1,5 milhões de pessoas.

Peregrinos de 180 países, 25 mil voluntários e cinco línguas oficiais.

Presentes 700 bispos e 10 000 sacerdotes de todo o mundo.

O Papa Francisco confessou a experiência dolorosa que foi falar com algumas das vítimas dos abusos dos padres que outros padres durante anos e anos tentaram esconder.

Este Papa tem como quase única esperança que a Igreja evolua.

Para isso tem desenvolvido um trabalho desconhecido de muitos, mas de uma profundidade que poderá mudar a igreja, torná-la digna.

Francisco é um homem culto.

A igreja não tem muita gente culta.

Olho o clero português e tenho como certo que tirando as sebentas  que lhes impingiram nos seminários, não lêem outros livros.

Cultos são José Tolentino Mendonça, o Frei Bento Domingues.

Quantos mais?

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