De modo algum pretendo que num qualquer dia queira mudar a minha relação com igrejas, cleros, anjos, deuses.
São muito fortes as fontes de que me servi para conhecer a história das religiões.
Tudo o
que se passa em redor do mundo que envolve a pobreza, o sofrimento de milhões
de pessoas, as guerras, não pode ter a mão, do tal Deus.
Como um
dia disse José Saramago, as religiões nunca serviram para aproximar os seres
humanos.
Mas este
Papa Francisco surpreende.
E sabemos
que não consegue pôr em prática tudo aquilo que ele acha mal na igreja.
Nos dias em que por aqui esteve, dirigiu
palavras que importaria que não fossem esquecidas:
Ponham-se a caminho, apressadamente, mas não ansiosamente. Sejam
inconformistas, ousados e empreendedores de sonhos.
E falou dos que caem lembrando que
cair não é problema, problema é permanecer no chão e lembrou um filósofo que
disse que a mensagem revolucionária consiste em encontrar amável mesmo o
objecto não amável.
Lembrando as ondas gigantes da
Nazaré, disse : Sigam a onda, tornem-se os surfistas do amor.
E acima de tudo: Não tenhais medo!
Os números da Jornada:
1,5 milhões de pessoas.
Peregrinos de 180 países, 25 mil
voluntários e cinco línguas oficiais.
Presentes 700 bispos e 10 000
sacerdotes de todo o mundo.
O Papa Francisco confessou a experiência
dolorosa que foi falar com algumas das vítimas dos abusos dos padres que outros padres durante anos e anos tentaram esconder.
Este Papa tem como quase única esperança que a Igreja evolua.
Para isso tem desenvolvido um trabalho desconhecido de muitos, mas de uma profundidade que poderá mudar a igreja, torná-la digna.
Francisco é um homem culto.
A igreja não tem muita gente culta.
Olho o clero português e tenho como
certo que tirando as sebentas que lhes
impingiram nos seminários, não lêem outros livros.
Cultos são José Tolentino Mendonça, o
Frei Bento Domingues.
Quantos mais?
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