À beira do princípio, do precipício,
o Anjo do Conhecimento cega
para poder ver o início
da sua queda caótica.
Aquilo que o Visionário vê é o que
o vê a ele do alto do Futuro
para onde cai com o conhecimento obscuro
de
saber que está no sítio para onde vai.
(O que regressa ao sítio de onde nunca
saiu
é o mesmo que nunca lá esteve,
o que sobe a escada e transpõe a porta
que dá para toda a parte).
Manuel António Pina em Poesia, Saudade da Prosa
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