Demoro-me
no último texto de Isto Anda Tudo Ligado, editado em Janeiro de 1970.
O tempo que o Eduardo Guerra Carneiro, fala será antes dessa data.
«Ouve agora o cantar da andorinha, a água da fonte, a sirena da fábrica, o saxofone quebrado mas que ainda solta nítidos gritos. Ouve também a tua voz e todas essas magníficas vozes rasgando o silêncio do tempo, dos tempos, de todo o tempo.»
Tempo
de silêncios. De angústias.
Ou
como dizia o outro:
Que terei eu feito ao tempo? Sento-me na esplanada e tento em vão, procurar o tempo perdido mas não é possível ser-se Proust, nem mesmo a brincar.
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