A Praça da Figueira, com todos os seus atractivos, era caso de duas
vezes ao, pelo Natal e pela Páscoa, e implicava táxi à volta, com toda a carga
de compras a que se ia. O peru, esse, comprava-se nos rebanhos que vinham pela
rua acima e invadiam Lisboa inteira, bamboleando-se diante das canas que os
guiavam, parando o trânsito. Eu observava, menino calado, todos esses
fenómenos, usos, costumes, ofícios. Por mim, a escolha para profissão futura,
andava entre os caminhos de ferro e os eléctricos, maquinista ou condutor. Mas
também pianista – porquê?
Legenda: fotografia de Paulo Guedes
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