sexta-feira, 11 de julho de 2014

QUOTIDIANOS


Se nem os carolas da política, da economia, da finança conseguem entender o filme que se anda a passar no grupo BES, que dizer dos pobres diabos que a única coisa que sabem é viver acima das suas possibilidades e que levaram o país à bancarrota?

O estranho disto tudo é que o Banco de Portugal não tenha aprendido nada com o caso BPN.

A falta de transparência dos negócios da família Espírito Santo já se arrasta há anos e é inadmissível que, por compadrio-político-financeiro, à espera de um qualquer milagre, o Banco de Portugal tenha deixado chegar este caso à miserável situação a que chegou.

E à volta do BES, para além de outros, ainda existe o estranho caso da Portugal Telecom.

Não tardará muito que nos venham dizer que, a exemplo do BPN, terão de ser os contribuintes a pagar os desvarios, a incompetência, os gamanços de uma família que, segundo uma sua representante, gosta de brincar aos pobrezinhos nas herdades da Comporta.

Mais ainda: que, no meio de toda esta bagunçada, ninguém ainda se tenha demitido, ou que ninguém tenha colocado esta gentalha atrás das grades.

O José Cardoso Pires tinha razão quando pôs a Alexandra Alpha a dizer:

«Isto não é um país, é um sítio mal frequentado.»

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