Num
qualquer dia, talvez numa entrevista, não tenho nenhuma referência, Agustina
Bessa Luís disse de Sophia de Mello Breyner Andresen:
Nascemos para nos admirarmos e não para ser amigas uma da
outra.
Tenho
com Agustina lacunas várias que não sei se terei tempo de modificar, ou vontade
para o fazer.
De
Agustina, Eduardo Guerra Carneiro disse que jamais coincidiriam no quadradinho
de voto eleitoral em que se desenha uma cruz, mas admirava-lhe a escrita.
O
meu problema com Agustina é político, mas o tempo político não pertence ao pós-25
de Abril, vem de antes, dos tempos da ditadura.
Algo
que, por exemplo, José Gomes Ferreira, no 3º volume dos seus Dias Comuns, entrada do dia 23
de Junho de 1967, conta assim:
Quando da dissolução da Sociedade Portuguesa de Escritores
a Sophia de Mello Breyner pediu-lhe a assinatura para o natural protesto dos
escritores.
Como já se calculava, a Agustina Bessa Luís recusou. Com
uma carta modelar de quem queria fingir que não recusava.
A Sophia leu-ma. E não resisti a dizer-lhe (ou a pensar
que lhe dizia):
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