O
tempo urge. Eu deveria acelerar os movimentos para chegar a tempo e, em vez
disso, vejo-me obrigado, dia após dia, a mover-me cada vez mais devagar.
Emprego mais tempo e disponho de menos tempo. Pergunto a mim mesmo, preocupado:
Será que vou conseguir? Sinto-me compelido pela necessidade… E, contudo, sou
obrigado a marcar passo, embaraçado nos movimentos, desmemoriado e portanto
obrigado a deter-me para anotar tudo de que preciso em folhas que, no momento
oportuno, não encontrarei.
Legenda: fotografia do The Guardian.
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