Como
político, Aníbal Cavaco Silva, é um ser desprezível.
Para
infortúnio nosso, como presidente, passeia-se por Belém.
Há
um mês e qualquer coisa, esteve em Seul e, mais ou menos, disse que o Banco de Portugal,
no caso BES, estava a actuar muito bem na preservação, na estabilidade e na
solidez do sistema e que o BES era um banco credível, em que os portugueses
podiam confiar, dado que as folgas de capital são mais do que
suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira,
mesmo na situação mais adversa.
Semanas
depois foi que o (não) se sabe.
O
inquilino de Belém arrancou para férias na Coelha algarvia e não mais falou, ou dele
se ouviu falar.
Há
dias, o advogado Miguel Reis acusava Cavaco de ter enganado uma série de
portugueses que, crentes na palavra presidencial, investiram as suas economias
num banco falido.
Quando a crise
já estava ao rubro, já depois do aumento de capital, houve clientes que
foram convencidos, de forma fraudulenta e enganosa, a transformar depósitos em
acções, com base nas sucessivas declarações do Presidente da República e do
governador do Banco de Portugal, afirmou o advogado, que vai participar no
consórcio que está a ser criado para defender os pequenos accionistas do
BES que foram lesados devido à criação do Novo Banco.
Sentindo-se
apertado, o filho do Sr. Teodoro da bomba de gasolina, fez publicar, na página
oficial da Presidência, as palavras completas da conversa de Seul, onde pretende
realçar que, tudo o que dissera, se baseava na informação do Banco de Portugal.
Cavaco
Silva não se mostra preocupado com Portugal, com os portugueses,
Preocupa-se,
exclusivamente, com a sua pessoa, o seu prestígio.
O
caso BES é uma vergonha., um verdadeiro crime-de-lesa-pátria.
Os
políticos assobiam para o lado e vão chutando as culpas uns para os outros.
Quando
a castanha estalar completamente, cá estarão os do costume para pagar a
ganância, a incompetência duma série de bandalhos que, do alto dos seus pedestais
arrotavam que eram os portugueses que andaram a viver
acima das suas possibilidades.
Cavaco
sentiu-se encurralado
Mais
não faz que dizer que a culpa não é dele, qual puto na primária a dizer sô
professora não fui eu, foi aquele menino!...
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