O
Adeus às Armas
Ernest
Hemingway
Tradução
e prefácio de Adolfo Casais Monteiro
Editora
Ulisseia, Lisboa s/d
Para
o fim do Verão daquele ano vivíamos numa aldeia que, para lá do rio e da
planície, confrontava as montanhas. No leito do rio havia seixos e pedregulhos
secos e brancos ao sol e a água clara corria suavemente pelos canais. Passavam
tropas em frente da casa e desciam a estrada, e a poeirada que levantavam
cobria as folhas das árvores. Os troncos das árvores estavam também cobertos de
pó e as folhas caíram cedo naquele ano e víamos as tropas marchando pela
estrada fora e o pó que se levantava e as folhas levantadas pela brisa caíam
sobre os soldados em marcha e depois a estrada deserta e branca sem nada além
das folhas.
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