O Outono, eram 02,29 horas, olhou a passadeira vermelha, e entrou
portas dentro.
O Natal está porta.
Os pássaros voltarão em Março.
Desde o Domingo 14 que, diariamente, nos fomos despedindo do Verão, com
uma pequena recolha de versões de Summertime.
Havia centenas de chaves de ouro para encerrar esta evocação.
Escolhi a versão do Sr. Sydney Bechet, e acrescento-lhe, de Ruy Belo, o Primeiro Poema
do Outono, tirado de Aquele Grande Rio Eufrates:
Mais uma vez é preciso
reaprender o outono-
todos nós regressamos ao teu
inesgotável rosto
Emergem do asfalto aquelas
inacreditáveis crianças
e tudo incorrigivelmente principia
Já na rua se não cruzam
olhos como armas
Recebe-nos de novo o coração.
reaprender o outono-
todos nós regressamos ao teu
inesgotável rosto
Emergem do asfalto aquelas
inacreditáveis crianças
e tudo incorrigivelmente principia
Já na rua se não cruzam
olhos como armas
Recebe-nos de novo o coração.
E sabe deus a minha humana mão.
Sem comentários:
Enviar um comentário