sexta-feira, 29 de julho de 2022

SUBLINHADOS SARAMAGUIANOS


Dito já que começaram as iniciativas que visam registar o centenário do nascimento de José Saramago, acrescenta-se que irei pegando num qualquer livro de José Saramago e copiarei dele uma frase, um parágrafo, aquilo que constituem os milhares de sublinhados que, ao longo dos muitos anos de leituras, invadiram os livros de José Saramago que habitam a  Biblioteca da Casa.

Aproveitando  as comemorações do centenário do nascimento de José Saramago, a Visâo Biografia, no seu número 10, e nas suas 130 páginas, debruça-se sobre a vida e a obra do Nobel português.

Nunca é demais o que se lê sobre José Saramago.

Assim sendo, tratei de gastar os cinco euros e cinquenta cêntimos do custo da revista.

«O que extingue a vida e os seus sinais não é a morte, mas o esquecimento.»

Na revista pode ler-se, entre muitas outros textos e apontamentos:

Página 9: Contexto histórico por Luís Almeida Martins

«Nascido há 100 anos, o escritor português nobelizado assistiu, ao longo de quase nove décadas, a uma sucessão de regimes, revoluções e governos em Portugal. E a uma desfile planetário de tendências, sonhos – e guerras.»

Página 20: Primeiros Anos por Maria João Martins

Página 26: Anos de Definição por Maria João Martins

«Elogiado sem entusiasmo pela crítica, Saramago esteia-se na ficção com Terra de Pecado, entre traduções, poemas, colaborações na imprensa e o trabalho de editor na Estúdios Cor, vai-se construindo o escritor que a todos surpreenderá com Levantado do Chão, em 1980.»

Página 36: Décadas de Ouro por Maria João Martins

«No princípio dos anos 90, Saramago torna-se o escritor portugês contemporâneo mais traduzido em todo o mundo, com o Nobel, em 1998, converte-se ainda no único autor de língua portuguesa a receber tal distinção. Uma exposição pública que também acarretará responsabilidade ética»

Página 52: Memórias, Saramago o Pai  por Violante Saramago Matos

«Em Maio de 1973, foi com a minha mãe, de quem estava já separado, ver-me à cadeia de Caxias. Perguntou-me se eu queria que pagassem a caução. Disse que não; ele respondeu que então teria de ir buscar forças ao dedo grande do pé.»

Página 56: O Caso DN  por Maria João Martins

«José Saramago foi, no Verão Quente, director-adjunto do Diário de Notícias, e o seu nome ficou ligado ao saneamento de 24 jornalistas que exigiram mais pluralismo.»

Página 62: Ele era o seu próprio comité central  por Miguel Carvalho

«Saramago e o PCP amuaram, zangaram-se e divergiram. Mas nunca se separaram. O escritor morreu militante, não por fidelidade ao dogma do hífen (marxismo-leninismo), mas por lealdade a convicções das quais nunca quis desertar. Histórias de um comunista senhor do seu nariz, que andou por vezes em roda livre.»

Este trabalho da Visão, para além do que aqui é sumariado, tem sublinhados a que voltarei.

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