O país continua a
arder.
Temperaturas extremas
em Londres – Londres a cinzenta, quem diria? – danificaram uma parte da pista de aterragem e
descolagem do aeroporto de Luton, a 55 quilómetros de Londres. A pista esteve
fechada durante quase duas horas e obrigou a desviar e atrasar voos.
Por cá, ficamos a
saber que as altíssima temperaturas voltam amanhã.
Dou-me pessimamente
com o calor. Quando trabalhava, mandava as férias sempre para Setembro.
Vou agora ter com a Autobiografia Woody Allen para ele me contar da Primavera e do Outono em Central Park.
«Veja, o verão em
Nova Iorque são más notícias. É quente, sufocante, estão todos fora, e sim,
podemos andar de um lado para o outro com menos trânsito, mas é entediante,
tendo todos os amigos partido e estando tudo pegajoso e húmido. De qualquer maneira,
chega o outono e a cidade começa a mexer. Os nova-iorquinos regressam de
férias, o tempo arrefece. Quando eu era miúdo, em Brooklyn, os verões eram uma
dádiva, porque significava que não havia escola e eu podia jogar à bola todo o
dia e ir ao cinema. Era divertido, mas mesmo então, o outono significava que
todas as raparigas giras regressavam dos campos de férias, e embora o pesadelo
dos livros e das aulas pairasse no horizonte, pelo menos havia alguma anatomia
sigmoide para acelerar o fluxo sanguíneo.»
Pelos dias quentes,
vou também ter com o Billy Wilder, no filme O Pecado Mora ao Lado.
A imagem que encima o texto, tem Marilyn, da janela olhando, o vizinho do andar de baixo
Quando Marilyn Monroe, a regar as flores, numa daquelas noites do Verão de
Manhattan, quase espeta com um tomateiro na cabeça de Tom Ewel que, no terraço
em baixo, lê o jornal.
Ele levanta-se com uma fúria desmedida, mas depara com o rosto de Marilyn entre
os vasos de flores, e convida-a para uma bebida.
Marilyn aceita o convite e acontece este delicioso diálogo:
- Vou à cozinha vestir-me.
- À cozinha?
- Sim! Quando está calor guardo a roupa interior no congelador.
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