sexta-feira, 12 de outubro de 2012

OLHAR AS CAPAS


A Noiva das Astúrias

Eduardo Guerra Carneiro
Capa e desenhos: Carlos Ferreiro
Editora & etc, Lisboa Agosto 2001

No seu afã de procurar o longe
não via o perto e, assim, já tropeçava
nas metáforas simples do quotidiano.
Feito monge divagava pelas brumas
e buscava auroras, nem sequer boreais,
quando, ali, à mão de semear, estava
tudo, mesmo tudo o que sonhava. Barcas
vogavam noutros sentidos e os aeroportos
abriam-se em correntes novas - vagas
alterosas de diferentes migrações. Pensou,
então, cheirando tempo & espaço, na mente
borbulhante - no vulcão. Metamorfose, sim,
metamorfose era a palavra necessária.
Mais que o som: deixar casulo e ser borboleta.

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