A venda de ginjinha ocorria também nos muitos quiosques espalhados pela cidade.
Principalmente aqueles que se encontravam junto a entrepostos alfandegários e terminais de navios de carga convencional, quando ainda faltava algum tempo para os portas-contentores começarem a sulcar os mares.
Desde Santos até ao Poço do Bispo e de Santos esses quiosques, para além de ginjinha, vendiam outras bebidas licorosas, como o Eduardinho, o vinho abafado e esse clássico branco-velho, também conhecido por mata-bicho, uma mistura feita em copo, parte de vinho branco, outra parte de vinho abafado.
Esta é a Ginjinha Rubi, na Avenida da Liberdade, situada mesmo ao lado do histórico Café Palladium, um dos muitos cafés da cidade que se transformaram em dependências bancárias e lojas de trapos.
O Palladaiun, hoje, alberga um manhoso Shopping-Center.
Voltaremos a outras ginjinhas.
Para finalizar esta primeira etapa, fiquem-se com uma história, Mustafá Com Elas!, da autoria de Luís Graça, não sei se fará parte de algum livro, mas que há alguns anos encontrei num blogue que, lamentavelmente, não consigo encontrar o nome.
Mustafá Al-Ginjal gostava de ginjas com elas!
Por isso mesmo, ginja era a bebida oficial do seu harém. «Os lábios das mulheres, depois de beberem ginja, tornam-se doces e aveludados, próprios aos deleites do amor», escreveu o todo-poderoso no edital 33-B da Junta de freguesia de Ginjalabad, concelho de Ginger City, Emirados Bárbaros Bem Bebidos.
Depois dos prazeres da carne, Mustafá Al-Ginjal adorava assistir, em grupo no seu “home-cinema”, a filmes com Ginja Roxa e Fred Histérico. Por vezes o frenético ritmo dos passos de dança erotizava Mustafá Al-Ginjal de tal maneira que o grande líder espiritual se auto-motivava para mais uma sessão de convívio íntimo com a sua guarda pretoriana da sensualidade.
Pretexto para as bardaliscas (odaliscas de serviço ao bar) servirem voluptuosas doses de Al-Ginjah 1755”, um Reserva de contornos sísmicos, capaz de ressuscitar zombies.
Todos os meses o monarca convidava para o seu palácio o maior consumidor de ginja do Rossio, que geralmente não estava em condições de desfrutar do harém do seu anfitrião. “É do jet-lag”, desculpava-se, enquanto tomava mais um cálice do precioso néctar. E depois voltava para o Rossio com histórias das 1001 noites em que nenhum engraxador acreditava.
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