Confissões
Jean-Jacques Rousseau
Tradução: Fernando Lopes-Graça
Introdução: João Gaspar Simões
Colecção Documentos Humanos nº 3
Portugália Editora, Lisboa, Novembro 1964
Vou empreender uma coisa sem exemplo, e cuja realização não será imitada. Quero mostrar aos meus semelhantes um homem em toda a verdade da natureza, e esse homem serei eu. Eu só. Sinto o meu coração, e conheço os homens. Não sou feito como nenhum dos que tenho visto; ouso crer não ser feito como nenhum dos que existem. Se não valho mais, sou pelo menos diferente. Se a natureza fez bem ou mal, ao quebrar o molde em que me vazou, é o que só poderá ser julgado depois de me haverem lido.
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