terça-feira, 13 de novembro de 2012

LOVE LETTERS IN THE SAND


Quando estou de passagem, num lugar à beira mar, gosto sempre muito de o fazer...
 Levantar-me bem cedo e assistir ao nascer do sol sobre as águas.


 Quando a praia ainda não foi invadida pela multidão e pertence aos pássaros…


 Aos casais que passeiam de mãos dadas à beira mar.


 A quem começa o seu dia sentada num banco a contemplar o horizonte, com um livro aberto no regaço.


 Aos pescadores que se levantam de madrugada e se acotovelam no pontão, com as suas linhas entrelaçadas.


  À senhora de meia idade que tranquilamente se passeia de bicicleta.


 Gosto muito desse sabor da praia ao romper do dia.


De uma ligeira neblina no ar e das pinceladas de amarelo, laranja e cor de rosa  projectadas sobre o azul das águas, numa matiz de cores em permanente transformação.

Dessa sensação do efémero, de estar a ver esse lugar pela primeira e última vez.

Sinto-me leve, feliz, velho amigo de toda a gente com quem me cruzo…

Tal como o Poeta, acredito que toda a esperança é legítima, assim, numa praia,  às primeiras horas da manhã.

E uma vontade enorme de pegar na minha máquina fotográfica e tentar escrever, com ela, cartas de Amor à Vida, sobre a areia…

Colaboração de Luís Miguel Mira

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