sábado, 24 de novembro de 2012

SIR BOBBY ROBSON


Gosto de treinadores ingleses.

O Glorioso teve alguns.

O primeiro foi Arthur John, inícios dos anos 30, ainda eu não era um sorriso na cara dos meus pais, outro, Ted Smith que, no dia 18 de Junho de 1950, ganhou a Taça Latina, que os anti-benfiquistas teimam em não considerar uma conquista internacional.

Tinha então cinco anos, mas ainda não ia ao futebol.

Mas já me lembro de Jimmy Hagan, o garagista e John Mortimores, o pencudo.

Outro(s), faço por esquecer!...

Mas o meu maior gosto com treinadores ingleses,centra-se em Sir Bobby Robson.

Em Portugal começou por treinar o Sporting até ao dia em que o inenarrável Sousa Cintra, entendeu que não era treinador para o seu Sportem e despediu-o, colocando no seu lugar o também inenarrável Carlos Queiroz que, com a melhor equipa do Sporting dos últimos trinta anos, cometeu o feito de perder o campeonato para o Benfica.

A tal tarde de chuva torrencial, dos cinco a três, dos três golos do João Pinto.

Claro que o Porto, de imediato, agarrou a dádiva, e contratou Bobby Robson como treinador, com os resultados que hoje se conhecem.

Há quem defenda a ideia que é com Bobby Robson que começa a dar-se a grande reviravolta no clube.

Ao partir para o Porto, Robson, não deixa de levar o tradutor que já o acompanhara no Sprting: José Mourinho, se bem estão lembrados.

Em 1991 é-lhe detectado um cancro.

Consegui-o combater até 31 de Julho de 2009, dia  em que perdeu esse jogo, o mais dramático da sua vida. Tinha 76 anos.

No dia em que, junto a St. James Parker, erigiram uma estátua a Bobby Robson, sua mulher lembrou que fora ali, em Newcastle, que nascera o seu amor pelo futebol.

Ele andou pelo mundo, mas o seu coração esteve sempre com o Newcastle.

Bobby Robson era filho de um mineiro que o levava ao St James' Park para ver os jogos do Newcastle.

Guardo de Bobby Robson a sua bonomia, tenho por ele uma ternura não explicável no imediato, lembro aquele sorriso trocista para enfrentar as vitórias e as derrotas, que saíu de Portugal sem arranhar uma frase em português, que terá saído de Barcelona sem arranhar uma frase em castelhano.

Conta-se que, enquanto treinador do Sporting, verificou que determinado jogador não rendia o que ele pretendia, e tirou a conclusão que isso se devia ao cabelo comprido que o jovem usava.

Mandou-o cortar o cabelo.

 - Mas mister o George Best também usava o cabelo assim, disse-lhe o jogador.

Robson respondeu-lhe de volta:

- Quando jogares como ele, podes usar o cabelo como ele. Até lá é melhor cuidares da imagem.

É gente da estirpe de Bobby Robson que fazem do futebol um espectáculo que arrasta multidões, que provoca as mais inflamada paixões.

Deus criou o mundo e desistiu de continuar a sua obra ao sétimo dia porque era domingo e havia um jogo de futebol.

Sem comentários: