Nesta luta fomentada por certas organizações
interessadas em pequeninas guerras civis moles, entre o presépio e a árvore de Natal, se
alguém quisesse ouvir a minha opinião, escolheria a árvore. Mas não a de agora.
Outra. A laranjeira, por exemplo. Sem estrelas nem adornos de neve ou barbas de
anão. Apenas com as bolas de oiro do laranjal das três meninas da «Nau Catrineta».
Assim enfeitada de laranjas naturais é a árvore mais
bela que as raízes imaginaram desde o princípio da Terra.
Mas como ninguém me ouve, voto pelo pinheiro, o bom
pinheiro de Dom Dinis.
José Gomes Ferreira em Dias Comuns Vol. I , Publicações Dom Quixote, Lisboa Outubro de 1990
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