segunda-feira, 7 de setembro de 2015

OS IDOS DE SETEMBRO DE 1975


7 de Setembro de 1975

Fim do V Governo Provisório, o governo de passagem, tal como lhe chamou Costa Gomes, no dia em deu posse a Vasco Gonçalves.
Não teve mais de um mês de vida.

Mário Murteira no seu livro Depois das Revoluções:

 Para quem, como o autor destas linhas, teve a honra de ser colaborador do general Vasco Gonçalves durante o IV e V Governos Provisórios, é bem claro que o “gonçalvismo” como sistema de poder, ou concepção do seu exercício, não existiu. Em rigor, acrescente-se, só pode voltar a falar-se de “poder político em Portugal (verificado o desmantelamento do regime anterior ao golpe do MFA) precisamente depois do 25 de Novembro de 1975. E qualquer pessoa razoavelmente objectiva e informada sabe que o II, III, IV e o V Governos Provisórios, todos tendo Vasco Gonçalves como primeiro-ministro, foram bem distintos entre si, por corresponderem a diferentes fases do processo português desencadeado (inadvertidamente?) pelo 25 de Abril. A análise deste faseamento, e da sua lógica interna e externa, está por fazer, e esperemos que não sejam – uma vez mais – estrangeiros a explicar-nos o que se passou em Portugal nos anos febris de 1974 e 75. Aliás, quem poderá gabar-se de tê-lo já totalmente apreendido, em rigor e profundidade, para além das propagandas? (…)
O chamado gonçalvismo nunca existiu. Existiu, sim, no Portugal recém-libertado, um movimento social anti-capitalista que entre Março e Novembro de 1975 atingiu o clímax. Em 16 de Novembro desse ano, no Terreiro do Paço, entre algumas centenas de milhares de manifestantes, pareceu-me que a revolução era possível. Mas tratava-se de um equívoco. A revolução é em última análise, uma questão de poder. E o poder não estava nas ruas de Lisboa ou nos campos do Alentejo.

Editorial do Jornal Novo, da autoria de Artur Portela Filho:



 Opinião de Armando Pereira da Silva publicada no Diário de Lisboa:


A FRETILIN propôs a Portugal a abertura de negociações sobre a independência de Timor.

Fontes:
- Acervo pessoal;
Os Dias Loucos do PREC de Adelino Gomes e José Pedro Castanheira.

Sem comentários: