7 de Setembro de
1975
Fim do V Governo
Provisório, o governo de passagem, tal como lhe chamou Costa Gomes, no
dia em deu posse a Vasco Gonçalves.
Não teve mais de
um mês de vida.
Mário Murteira
no seu livro Depois das Revoluções:
Para quem, como o autor destas linhas, teve a
honra de ser colaborador do general Vasco Gonçalves durante o IV e V Governos
Provisórios, é bem claro que o “gonçalvismo” como sistema de poder, ou
concepção do seu exercício, não existiu. Em rigor, acrescente-se, só pode
voltar a falar-se de “poder político em Portugal (verificado o desmantelamento
do regime anterior ao golpe do MFA) precisamente depois do 25 de Novembro de
1975. E qualquer pessoa razoavelmente objectiva e informada sabe que o II, III,
IV e o V Governos Provisórios, todos tendo Vasco Gonçalves como
primeiro-ministro, foram bem distintos entre si, por corresponderem a
diferentes fases do processo português desencadeado (inadvertidamente?) pelo 25
de Abril. A análise deste faseamento, e da sua lógica interna e externa, está
por fazer, e esperemos que não sejam – uma vez mais – estrangeiros a
explicar-nos o que se passou em Portugal nos anos febris de 1974 e 75. Aliás,
quem poderá gabar-se de tê-lo já totalmente apreendido, em rigor e
profundidade, para além das propagandas? (…)
O chamado gonçalvismo nunca existiu. Existiu, sim, no
Portugal recém-libertado, um movimento social anti-capitalista que entre Março
e Novembro de 1975 atingiu o clímax. Em 16 de Novembro desse ano, no Terreiro
do Paço, entre algumas centenas de milhares de manifestantes, pareceu-me que a
revolução era possível. Mas tratava-se de um equívoco. A revolução é em última
análise, uma questão de poder. E o poder não estava nas ruas de Lisboa ou nos
campos do Alentejo.
Opinião de
Armando Pereira da Silva publicada no Diário de Lisboa:
A FRETILIN
propôs a Portugal a abertura de negociações sobre a independência de Timor.
Fontes:
- Acervo
pessoal;
- Os Dias
Loucos do PREC de Adelino
Gomes e José Pedro Castanheira.
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