Antonio
Tabucchi, que assina o prefácio da edição francesa de The Fragments,
escreve que no interior deste corpo vivia a alma de uma intelectual e poeta
de que ninguém tinha um pingo de suspeita.
Na Autobiografia de Marilyn Monroe, Rafael Reig
cita:
Sim, lei muito. Toda a gente está convencida de que
sou praticamente analfabeta. A loura burra que eu, aqui entre nós, nem sequer
seja totalmente loura. De gve ser por causa das minhas mamas. Como são muito
volumosas, devem julgar que tampam metade do livro e que, por isso, não consigo
compreender nada do que elio. Não sei, mas a verdade é que leio muito. De tudo,
seja o que for: romances, poesia, filosofia, de tudo.
Leio até os folhetos dos medicamentos. Passo as noites
quase sempre acordada a ler. A ler ou a flar ao telefone. Também gosto de falar
ao telefone. É porque me custa muito a adormecer. Mas, claro, isso está você
farto de saber. É por isso que estou aqui. Passei a vida a tentar conciliar o
sono. Esse poderia ser um bom epitáfio para a minha sepultura. Mas já escolhi
outro. Quero que ponham apenas isto:
«Aqui jazz Marilyn Monroe 95-58-91.»
Que lhe parece?
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