A Colecção &etc não está numerada.
Mas Coisas, um volume colectivo,
é o primeiro livro editado.
Vi o anúncio da
sua publicação na folheca nº 18, Dezembro de 1973.
Fiquei atento.
Mas à cautela pedi ao Carlos Porto, um dos autores antologiados, por esse tempo
colaborador do República e um dos donos da Livraria Opinião, que
me reservasse, logo que desse à luz, um exemplar.
Foi assim que o
livro chegou às minhas mãos.
Tanto quanto me
lembro, o livro não teve distribuição pelas livrarias.
Ainda existia a
censura e a PIDE e era necessário tomar cautelas e caldos de galinha.
Os textos são da
autoria de Adelino Tavares da Silva, António Manaças
Baptista-Bastos,
Carlos Porto, José Martins, Nelson de Matos, Paulo da Costa Domingos, Pedro
Oom, Virgílio Martinho e de Vitor Silva António Manaças.
Cada texto é antecedido de um desenho.
Os desenhos são
da autoria de Ferreiro, Eurico, Lud, com dois desenhos, Figueiredo Sobral, João Rodrigues,
Ana Machado, Gonçalo, Aurélia e Aldina.
Ao tempo da
publicação de Coisas a &etc situava-se na Rua da Mãe d’Água nº 13-2º.Dtº.
A dedicatória do Vitor Sila Tavares, é colocada no livro, mais mês menos mês, quarenta anos depois da sua publicação.
O texto do Vitor Silva Tavares, publicado em Coisas, termina assim:
Que tal um lar saudável com espaços verdes à volta (na
famosa costa do sol)? Nos subúrbios, tanto ranho nas ventas da criançada!
Maria, vaza o penico. Morre-se confortado pela Santa Madre Igreja. Os mortos
têm todo o tempo a seu favor. Que excitação para os pequeninos espectadores!
BIB BIC BIC, a minha terceira escrita. Sofro de cancro na bic. E na tola. E
enfim. E mais um automóvel: o
Marine é de facto um carro a sério, um fora de série, e por isso dizemos que é
tudo quanto se pode desejar num automóvel. Pois pois. Quem sabe comprar,
sabe pagar! Segue-se um programa de variedades. Poetas doidos rebentam de sonho
e fel nas noitadas a bagaço e cervejame. Como é triste Veneza ll n’y a plus
rien. Para o mês que vem veremos. Cá vamos chorando e rindo. Tanta conversa
fiada dá-me cabo da molécula. Assim como assim. Tive uma ideia maluca para pôr
aqui. Esqueci. Bebi. Cichi. (…)
«Imoderato chorabile» é um excerto (ex
certo) do texto
«Falar desta castração», escrito no
Verão de 1972 e con-
servado
(ainda bem!) inédito.
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