Quando morreu o
João César Monteiro, o Vitor disse que ficava um vazio.
Desse trio de
génios da cultura portuguesa, João César Monteiro, Luiz Pacheco, Vitor Silva Tavares,
nada resta.
Ficamos a saber
que esse tal vazio ficou de uma enormidade assustadora.
Não mais haverá
gente como esta.
Fartámo-nos de
rir.
Naquela azáfama louca
do 25 de 74, não comprei os últimos dois números, ou se os comprei, deixei-os abandonados no final de uma qualquer reunião, numa qualquer mesa de café.
O Vitor foi à
estante e ainda encontrou o nº 25, por sinal o úktimo.
Fiquei de voltar
com um bolo de laranja e uma garrafa de Favaios.
Não calhou e
agora entristeço-me.
Era um brilhante
contador de histórias, uma enciclopédia viva dos livros, do cinema, dos jornais
que marcaram a cultura dos últimos 70 anos.
Sabia tudo e de
tudo.
Editava livros quadrados pelo gosto de os editar, sem nunca pensar em dinheiro.
Algo que lhe dava um gozo danado.
Algo que lhe dava um gozo danado.
Olho o vazio e
decido ficar por aqui.
Caio facilmente
na banalidade e não quero.
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