19 de Setembro
de 1975
TOMADA DE POSSE
do VI Governo Provisório chefiado pelo Almirante Pinheiro de Azevedo que, no
discurso de tomada de posse, disse:
É um governo que tem o mérito de procurara, num
determinado momento histórico, encontrar uma saída para uma grave crise
política, económica e social através de uma definição política conjunta dos
três principais partidos políticos.
Com este
governo, a direita conclui que o avanço das suas forças é um passo muito importante.
No discurso de
tomada de posse Pinheiro de Azevedo repudia a social-democracia, mas foi apenas
uma tirada para granjear um hipotético apoio das organizações sindicais e de
esquerda. A prática demonstrou que foi completamente engolido por essa tal
social-democracia.
Composição do
governo:
Administração Interna:
Comandante Almeida e Costa
Negócios Estrangeiros:
Major Melo Antunes
Comércio Externo:
Jorge Campinos
Agricultura:
Lopes Cardoso
Trabalho:
Capitão Tomás Rosa
Educação: Major
Vitor Alves
Indústria:
Marques do Carmo
Equipamento
Social: Veiga de Oliveira
Transportes:
Valter Rosa
Comunicação
Social: almeida Santos
Finanças:
Salgado Zenha
Justiça:
Pinheiro Farinha
Assuntos Sociais:
Sá Borges.
No dia seguinte
à tomada de posse do governo, Otelo Saraiva de Carvalho parte para uma visita à
Suécia e no aeroporto, em conversa com os jornalistas, avisa que se Pinheiro de
Azevedo começar a fazer uma política de direita lhe retirará a sua confiança.
A INDONÉSIA ameaça
invadir Timor: não podemos tolerar a situação que ali se desenvolve, prejudicando-nos
e pondo-nos em perigo. E Portugal será o responsável!
Almeida Santos,
regressado. Há dias, de Dili, diz que não deve pôr-se de lado a hipótese de
Indonésia intervir militarmente no território.
Fontes:
- Acervo
pessoal;
- Os Dias
Loucos do PREC de Adelino
Gomes e José Pedro Castanheira.
Sem comentários:
Enviar um comentário