Abre hoje mais
uma Festa do Avante.
Já vão 39!
O tempo
feliz dos inícios de Setembro.
Não haver FESTA
COMO ESTA é uma verdade insofismável.
Logo, já lá
vamos jantar e ficaremos a ouvir a Sinfonieta de Lisboa que, este ano,
se debruça sobre o Cinema.
O Cinema pertence, claramente, às formas de Arte cujos
vários componentes e dispositivos, criativos e técnicos, de forma mais intensa,
ágil e surpreendente agem dialeticamente entre si.
Não por acaso, o Cinema encontra-se também no número
daquelas artes que, de modo significante e privilegiado, mais intervêm e
influem sobre a produção, a representação e o movimento das ideias, fazendo-o
com graus de profundidade que vão do puro entretenimento ao ensaio mais elaborado.
Mas será que isto acontece independentemente do nosso
saber, vontade e consciência? E como funcionarão, neste fascinante processo de
fruição e percepção, no que concerne à sua importância e peso relativos, dois
dos nossos sentidos essenciais — a visão e o ouvido ou, se quisermos, o ouvido
e a visão?
No tradicional Concerto que já se tornou um hábito na
abertura da Festa do «Avante!», a nossa proposta este ano é a de que prestemos
particular atenção à Música no (ou para) o Cinema. Quer dizer: à Música dos
grandes mestres de todos os tempos que o Cinema aproveitou para jogar com as
histórias, as imagens, os bonecos, os diálogos, os ruídos ou mesmo outras
músicas; ou à Música que os grandes compositores de bandas sonoras inventaram
para contrastar emoções, reforçar pensamentos ou fazer ouvir-se nos próprios
locais da paixão, da intriga ou da luta.
Que o mesmo é dizer: propomos que procuremos “escutar”
aquilo que porventura não “vemos” quando vamos ao Cinema. Com olhos de ouvir!
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