vejo atrás dos vidros
no jardim o gato
siamês que passa
entre os girassóis.
na mesa da sal
há mais girassóis
num pote azul
de fainça.
às cinco da tarde
a janela,
a porta,
estão fechadas, mas
agora o gato
vai passar na penumbra,
entre os girassóis
e a parede.
é uma sombra
rapidamente
imaginada
sobre a mesa.
que fica em ponto,
de olhos límpidos,
e percebe o jogo
de espaços e que
já regressou ágil
de salto felino
ao corpo do gato
repentino lá fora.
Vasco da
Graça Moura
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