segunda-feira, 16 de setembro de 2024

DISTO, DAQUILO E DAQUELOUTRO

 «Ritz» foi a marca dos últimos cigarros que o pai fumou. 

Já o disse: um dia apanhou um susto, colocou o maço de lado e nunca mais lhe tocou. Um gesto que lhe permitiu viver mais uns anos do que aqueles que não teria vivido, se não cortasse com os cigarros. Cigarros que, como ele dizia, lhe poderiam provocar a morte, mas também o ajudaram a viver. Lembra-se que fumava três maços de cigarros «Unic», tabaco negro, a bela conta de  três maços por dia

Quando deixou de fumar permitiu sempre que fumassem junto dele. 

Há dias na sua crónica do Público de 30 de Agosto, Ana Cristina Leonardo  conta esta história:

 «Dou por mim a recordar uma viagem a Madrid (tudo por conta do madrileno Javier Marías, mesmo se infeliz e prematuramente morto). Num restaurante, um amigo acende um cigarro após a refeição. Discretamente, assinalo-lhe um velho muito velho que almoça numa mesa perto de nós. Percebendo o meu gesto, logo o velhíssimo espanhol comenta: “No se preocupe! Fume usted lo que quiera. Yo ya no puedo fumar pero el humo me estimula...”. Era ainda o tempo do Madrid me mata. E o tempo continua a matar-me (nos), embora com muito menos graça (basta pensar em Pedro Sánchez).»

1.

Na breve proximidade do 5 de Novembro, quando ficaremos a saber que presidente querem os americanos escolher, lembremos o que há alguns anos disse Woody Allen:

«Jamais imaginei que Donald Trump quisesse ser presidente dos Estados Unidos. Jamais imaginei que ele o conseguisse.»

Serão os americanos que têm, no boletim a depositar nas urnas, o desfecho do que irá acontecer.

Entretanto, pelo mundo fora, vamos sabendo  o que determinados líderes estrangeiros querem que aconteça: a eleição de Donald Trump:

Os que seguem, já sabemos o que querem, mas há mais:

Vladimir Putin, presidente da Rússia

Benjamin Netanyahu, chefe do governo de Israel

Viktor Orbán, primeiro ministro da Hungria

Javier Milei, presidente da Argentina

Kim Jong-Lin – líder da Coreia do Norte

No meio do carrossel pode ser que Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, se bem que não tenha direito a voto, afine a pontaria e deixe de estar na dúvida para onde vai a sua preferência.

2.

Por cada dois professores que se aposentam só se forma um.  Em cinco anos formaram-se 7755 professores, aposentaram-se 11 mil e saem mais quatro mil só em 2024

3.

Lisboa é a terceira cidade da Europa a abrir mais hotéis.

Até 2026 terá 36 novos hotéis, com 4.425 quartos.

4.

Uma reportagem publicada no Expresso de 23 de Agosto perguntava:

«Porque engorda o preço da bola de Berlim na praia?

Na generalidade a bola de Berlim é vendida a 2,00 euros

5.

 Quase 3 mil trabalhadores ficaram sem emprego nos primeiros meses do ano.

6.

Enfim, ter cães dentro de um apartamento dá uma trabalheira dos demónios. Mas ir passeá-los às sete da manhã e depois mais tarde, viver numa casa atulhada de pêlos de cão e ainda partilhar – quantas vezes – a cama com o cão, é hoje considerado um ideal perfeito de vida. Os cães e gatos silenciosos passaram a filhos de substituição e são tratados como tal. Acho que não sou só eu que acha isto uma loucura colectiva em que os valores estão todos trocados.»

Ana Sá Lopes no Público

 7.

No obituário da morte de Ana Faria , publicado no Público, podia ler-se:

«Numa entrevista ao Jornal de Notícias (JN) em 2004, disse: "Trauteava músicas eruditas com letras minhas em português e isso despertou a atenção dos meus filhos e dos seus amigos. Todos queriam ouvir-me cantar. Depois, dava-lhes a ouvir o original." E daí nasceu Brincando aos Clássicos (1982), um disco cheio de adaptações de temas de compositores clássicos como Beethoven, Mozart, Chopin ou Verdi, transformados em canções para um Luís que "nunca foi a Paris", uma Clara com medo das pombas, uma Catarina tão tagarela que até "dá dores de cabeça" ou um Miguel "de olhos de mel".​

João Carlos Calixto não tem dúvidas de que estes álbuns foram "importantíssimos para a educação do gosto de tantas e tantas crianças de então". Ana Faria democratizou estes compositores, combatendo o elitismo que caracterizara o acesso à educação e à fruição musical durante o Estado Novo.»

Também comprou para os filhos, para os amigos dos filhos, Brincando aso Clássicos e tem poucas dúvidas que isso não lhes tenha sido útil.

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