«Ritz» foi a marca dos últimos cigarros que o pai fumou.
Já o disse:
um dia apanhou um susto, colocou o maço de lado e nunca mais lhe tocou. Um
gesto que lhe permitiu viver mais uns anos do que aqueles que não teria vivido,
se não cortasse com os cigarros. Cigarros que, como ele dizia, lhe poderiam
provocar a morte, mas também o ajudaram a viver. Lembra-se que fumava três
maços de cigarros «Unic», tabaco negro, a bela conta de três maços por
dia
Quando deixou
de fumar permitiu sempre que fumassem junto dele.
Há dias na
sua crónica do Público de 30 de Agosto, Ana Cristina
Leonardo conta esta história:
«Dou
por mim a recordar uma viagem a Madrid (tudo por conta do madrileno Javier
Marías, mesmo se infeliz e prematuramente morto). Num restaurante, um amigo
acende um cigarro após a refeição. Discretamente, assinalo-lhe um velho muito
velho que almoça numa mesa perto de nós. Percebendo o meu gesto, logo o
velhíssimo espanhol comenta: “No se preocupe! Fume usted lo que quiera. Yo ya
no puedo fumar pero el humo me estimula...”. Era ainda o tempo do Madrid me
mata. E o tempo continua a matar-me (nos), embora com muito menos graça (basta
pensar em Pedro Sánchez).»
1.
Na breve
proximidade do 5 de Novembro, quando ficaremos a saber que presidente querem os
americanos escolher, lembremos o que há alguns anos disse Woody Allen:
«Jamais imaginei que Donald Trump
quisesse ser presidente dos Estados Unidos. Jamais imaginei que ele o
conseguisse.»
Serão os
americanos que têm, no boletim a depositar nas urnas, o desfecho do que irá
acontecer.
Entretanto,
pelo mundo fora, vamos sabendo o que determinados líderes estrangeiros
querem que aconteça: a eleição de Donald Trump:
Os que
seguem, já sabemos o que querem, mas há mais:
Vladimir
Putin, presidente da Rússia
Benjamin
Netanyahu, chefe do governo de Israel
Viktor Orbán,
primeiro ministro da Hungria
Javier Milei,
presidente da Argentina
Kim Jong-Lin
– líder da Coreia do Norte
No meio do
carrossel pode ser que Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, se bem que não
tenha direito a voto, afine a pontaria e deixe de estar na dúvida para onde vai
a sua preferência.
2.
Por cada dois
professores que se aposentam só se forma um. Em cinco anos formaram-se
7755 professores, aposentaram-se 11 mil e saem mais quatro mil só em 2024
3.
Lisboa é a
terceira cidade da Europa a abrir mais hotéis.
Até 2026 terá
36 novos hotéis, com 4.425 quartos.
4.
Uma
reportagem publicada no Expresso de 23 de Agosto perguntava:
«Porque engorda o preço da bola de
Berlim na praia?
Na
generalidade a bola de Berlim é vendida a 2,00 euros
5.
Quase 3
mil trabalhadores ficaram sem emprego nos primeiros meses do ano.
6.
Enfim, ter cães dentro de um apartamento dá uma trabalheira dos demónios. Mas ir passeá-los às sete da manhã e depois mais tarde, viver numa casa atulhada de pêlos de cão e ainda partilhar – quantas vezes – a cama com o cão, é hoje considerado um ideal perfeito de vida. Os cães e gatos silenciosos passaram a filhos de substituição e são tratados como tal. Acho que não sou só eu que acha isto uma loucura colectiva em que os valores estão todos trocados.»
7.
No obituário da morte de Ana Faria , publicado no Público, podia ler-se:
«Numa entrevista ao Jornal de Notícias (JN) em
2004, disse:
"Trauteava músicas eruditas com letras minhas em português e isso
despertou a atenção dos meus filhos e dos seus amigos. Todos queriam ouvir-me
cantar. Depois, dava-lhes a ouvir o original." E daí nasceu Brincando
aos Clássicos (1982), um disco cheio de adaptações de
temas de compositores clássicos como Beethoven, Mozart, Chopin ou Verdi,
transformados em canções para um Luís que "nunca foi a Paris", uma
Clara com medo das pombas, uma Catarina tão tagarela que até "dá dores de
cabeça" ou um Miguel "de olhos de mel".
João Carlos Calixto não tem dúvidas de que estes álbuns foram
"importantíssimos para a educação do gosto de tantas e tantas crianças de
então". Ana Faria democratizou estes compositores, combatendo o elitismo
que caracterizara o acesso à educação e à fruição musical durante o Estado
Novo.»
Também comprou para os filhos, para os amigos dos filhos, Brincando aso Clássicos e tem poucas dúvidas que isso não lhes tenha sido útil.
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