Foi visto
(diversas vezes) com uma
caneta na mão. Nem
tentava disfarçar. Sentava-se à
mesa consigo
(sempre
cingido de livros) e escutem:
o que fazia era
escrever poemas. Sei muito bem
o
que digo.
Ele fazia poemas. Os outros
passavam ao largo
(fugindo a qualquer pergunta)
ele nem
sequer escondia o que ali estava
a fazer.
Ali
à frente
de todos. Linhas e linhas
escritas.
Não se limitava a ler.
Não se limitava apenas a viver
A sua vida.
Sei muito bem o
digo. Aquilo eram
poemas.
João Luís
Barreto Guimarães
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