apesar dos avisos, das cautelas,
Dos caldos de galinha, perdi-te numa
Grande superfície em domingo de bola
Na luz. Foste no turbilhão da multidão
ululante com uma bandeira na mão a gritar
por Portugal, sentei-me num banco a ver
televisões e na esperança de te ver quando
filmassem as claques. Passou a hora
e meia mais o intervalo – nem preciso
dizer que nunca mais te vi.
Não, nunca mais te vi, por vezes conto
Um conto para fingir que tive um sonho
aquele banco para mim ficou um lugar
sagrado e volto aos domingos sempre,,
pode ser que te encontre na igreja
dos costumes.
Helder Moura Pereira, “Apesar dos Avisos”, colocado, poema e imagem, por Nicolau Santos no “Expresso”.
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