O Barnabe foi-se embora por entre efusivos acenos e promessas mútuas de que “nos vemos manhana”. Fui buscar uma cadeira para junto da tenda e ali fiquei horas. A sentir o sol esmorecer; a ver a sombra da sierra la giganta estender-se pelo vale de cactos; acompanhando o mergulho do sol por trás de la giganta; tacteando a penumbra da noite a cobrir todo o vale; a ver chegar a primeira estrela cintilante; a sentir o frescura do mar, não muito distante, chegar de manso; a extasiar-me com a enormidade de estrelas que iam chegando, cada vez mais brilhantes e numerosas. E quando despertei para o meu ínfimo microcosmos, percebi que não tinha vontade de jantar, que me sentia alimentado e apenas comi uma sandes por pressão da consciência.
Texto e Imagem de Idílio Freire
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