O despudor e a maldade são atrevidos.
Esta gente sente-se dona do mundo.
Deixámos que isso acontecesse!
É o caso que o sr.James Glassman, economista do banco
norte-americano JP Morgan, entendeu responder às recentes críticas do Papa
Francisco ao capitalismo sem limites, afirmando que as economias de mercado estão a
fazer mais para curar a pobreza mundial do que quaisquer outros esforços no
passado.
James Glassman foi mais
longe dizendo que a pobreza não é um fenómeno
contemporâneo e que as economias de mercado estão a fazer mais para pôr
fim à pobreza ao nível mundial do que todos os esforços que foram desenvolvidos
no passado para erradicar a pobreza e que os que estão preocupados com a pobreza
mundial têm, actualmente, mais motivos para estar gratos do que para se queixarem.
O Papa Francisco criticou o capitalismo sem limites como uma
nova tirania e apelou aos políticos para que garantam a
todos os cidadãos trabalho digno, educação e cuidados de saúde, e aos ricos para
que partilhem a sua fortuna.
Os capitalistas que, até agora, tem vivido numa paz
santificada e promiscua, que tem possibilitado que os ricos se tornam cada vez
mais ricos e o universo da pobreza já não tenha fronteiras nem limites, começou
a ouvir duras críticas do lado de onde menos esperavam.
O problema agudiza-se ainda mais quando os não crentes
começam a olhar para o Papa Francisco como algo que não esperavam que
acontecesse.
Essa igreja de sacristia velha, começa a não ter respostas
para tanta claridade.
O desespero do sr. Glassman prova-o, o silêncio de grande
parte da igreja segue-lhe os passos.
É sempre tempo de os tempos mudarem.
Por outras palavras, as economias de mercado estão a fazer mais para
curar a pobreza mundial do que quaisquer outros esforços no passado,
bolsou o capacho do JP Morgan.
Legenda. ilustração de Maguire
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