Em termos de gosto musical e de uma maneira de fazer rádio, influenciaram
milhares de portugueses que religiosamente os ouviam.
Falo por mim.
Numa qualquer história da Rádio portuguesa que um dia se escreverá,
terá de haver um capítulo que determine: antes e depois do Em Órbita.
Não ficam muito claros os motivos que levaram ao fim do programa, mas
um ouvinte atento podia ir reparando que as emissões estavam a perder élan, arrastavam-se sem se pressentir um
qualquer sinal dos velhos tempos.
A morte de João Manuel Alexandre, alma e coração do programa, a saída de
Cândido Mota, com a sua sobriedade, a sua elegância, ajudaram a que se tenha
chegado a um tempo em que o fechar do microfone emorbitiano se tornou
irremediável.
Aprendi a ter uma simpatia especial pela ideia de que se gosta mais dos
que, apesar de tudo e contra tudo, conseguem sobreviver e nascer de novo.
Mas a história também se faz com os que morrem.
(7 de Junho de 1971).
O Em Órbita realizou a última edição
no dia 31 de Maio de 1971.
O primeiro indicativo do Em Órbita foi o
instrumental Revenge dos Kinks.
Mais tarde escolheram Also
Sprach Zarathustra de Richard Strauss, tema que faz parte da banda sonora do
filme de Stanley Kubrik 2001: Odisseia no Espaço.
Legenda: Cândido Mota, o mais brilhante dos apresentadores
do Em Órbita – um programa feito por nós e dito por mim.
A fotografia de Cândido Mota é retirada de Telefonia
de Matos Maia, Círculo de Leitores, Lisboa, Maio de 1995.
3 comentários:
oh yeah!
LT
João Manuel Alexandre...
LT
Emendado!
O curioso é que a «gralha», não é bem isso, mas enfim..., já vinha de 1971.
Uma coisa é não alterar uma vírgula aos «papeis datados», outra é deixar passar erros graves.
Obrigado,
Um abraço.alterar nada desses papeis
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