A Felicidade em Albert Camus
M. Duarte Mathias
Capa José Cândido
Bertrnad, Lisboa, Novembro de 1978
É necessário relê-lo para compreender que a felicidade, ou melhor, a
procura da sabedoria da felicidade, foi o grande eco e é hoje a grande memória
dos seus livros. Testemunho e testamento de fraternidade que nos lembra e nos
ensina que o perpétuo florescer das amendoeiras no vale do Cônsules é a
expressão de uma eternidade que não é dado ao homem partilhar.
Mais uma vez, para Camus, a verdadeira dimensão humana é a solidão do homem
perante a morte. E essa é irredutível a fórmulas comunitárias ou a esquema
sociológicos porque mesmo no dia em que, por milagre, desaparecessem as
fatalidades sociais, o homem continuaria a sentir no mais profundo do seu ser a
fatalidade da morte. Presença irrecusável. Daí que… A felicidade seja a maior das conquistas,
aquela que se faz contra o destino que nos é imposto.
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