Como facilmente se compreenderá, não é Luís de Camões que está em causa, mas este dia feriado não devia existir.
Logo
após o 25 de Abril deveria ter sido eliminado.
Ou,
recentemente, quando este governo permitiu que a troika nos roubasse quatro
feriados, um desses feriados eliminados deveria ser este e nunca o 5 de
Outubro, valha, hoje, essa data o que possa valer.
Por
mais voltas que pudessem ter dado, este feriado traria sempre à memória, uma
das páginas mais negras da nossa História.
Hoje,
na Praça do Comércio, já não se medalham militares por feitos heroicos, já não
se medalham pais que ficaram sem os filhos, nem mulheres que ficaram sem
maridos, nem filhos que ficaram sem os pais.
A
guerra colonial foi um crime sem qualquer espécie de perdão ou esquecimento.
Hoje,
chamam ao 10 de Junho, Dia de Camões e das Comunidades,
Escolhe-se
uma qualquer cidade do país, arranja-se uma série de personalidades, que da maior parte ninguém sabe que feitos ou obras
fizeram, e enfia-se-lhes uma qualquer ordem pela cabeça abaixo.
Esboçam-se
sorrisos amarelos, ouvem-se palmas pífias.
Simplesmente
patético!
Mais
patético ainda, quando há uns anos atrás, o Presidente Cavaco Silva, em
conversa com os jornalistas, ter deixado que à superfície viessem as suas
saudades salazaristas, e ter-lhe chamado o Dia da Raça.
Para
que conste, repete-se:
O
poeta Luís de Camões não tem nada a ver com isto!
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