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a 23 de Junho
NA ILHA TERCEIRA, Spínola e Richard Nixon analisaram o problema dos territórios do
ex-Ultramar e da cedência da Base das Lajes.
AINDA sem solução greve dos pescadores de sardinha de Matosinhos.
CONTINUANDO o impasse na Timex os trabalhadores aventam a hipótese de vender os relógios armazenados.
O MAJOR Pedro Pires, chefe da delegação do PAIGC às conversações de Argel declarou
que não houve respostas concretas da parte da delegação portuguesa.
AdAM MALIK, ministro indonésio dos Negócios estrangeiros, afirma que a Indonésia não
intervirá nos assuntos de Timor.
CERCA de 35 mil trabalhadores dos CTT estão em greve.
COMEÇOU a ser discutido em Conselho de Ministros o diploma de criação da comissão «ad hoc»
para controlo dos meios de comunicação social, até à publicação das novas leis
especificas.
O
jornal República recordava:
Num
artigo «Política e Cinema Político», assinado por João Lopes e publicado na Seara
Nova de Junho de
1974 citava-se Jean-Luc Godard:
É preciso começar por aprender a pôr os problemas de uma
forma diferente. De outro modo, no cinema como em qualquer outra luta social,
não saberemos responder senão de uma forma antiquada a questões completamente
novas.
EFECTUA-SE a primeira homenagem pública a José Dias Coelho com o descerramento de uma
lápide na Rua da Creche, onde em Dezembro de 1961, o pintor e escritor
comunista foi assassinado por elementos da PIDE.
O PAINEL executado em 10 de Junho por 48 artistas do Movimento Democrático de
Artistas Plásticos, passará a estar exposto na Galeria de Arte Moderna em
Belém.
COMPLICOU-SE inesperadamente a situação na Siderurgia Nacional. Os trabalhadores aguardam um
encontro com António Champalimaud.
FINAL DE UMA Carta Aberta a 200 Capitães da autoria de Artur Portela Filho e publicada no República
de 17 de Junho
de 1974:
Uma revolução não aparece feita, faz-se.
Uma revolução não se deixa a meio acaba-se.
Quando defendemos, u unidade entre o povo e as Forças
Armadas, não estamos a apenas a defender a unidade entre o povo e a totalidade
das Forças Armadas, de que a Junta de salvação Nacional é uma parte.
De resto, estamos a descobrir uma coisa enorme que é o
facto de que as Forças Armadas somos nós.
A nossa força é sermos todos.
Sermos um é a nossa fraqueza.
Fontes:
Recortes
de acervo pessoal, Diário de Uma Revolução, Mil Dias Editora, Lisboa,
Janeiro de 1978, Portugal Depois de Abril de Avelino Rodrigues,
Cesário Borga, Mário Cardoso, Edição dos Autores, Lisboa, Maio de 1976, Portugal Hoje, edição da Secretaria
de Estado da Informação e Turismo,
A
Funda,
Artur Portela Filho, Editora Arcádia, Lisboa
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