O Robert e eu encontrámo-nos diante de um dos murais
com extraterrestres que decoravam o corredor do Electric Lady. Ele parecia mais
do que satisfeito, mas não pôde resistir a mostrar-se um bocadinho amuado.
«Patti», disse-me ele, «tu não fizeste nada que pudéssemos dançar.»
Eu disse-lhe que deixava isso para as Marvelettes.
O Lenny e eu desenhámos o disco, e chamámos à nossa
etiqueta Mer. Mandámos prensar 1500 exemplares numa pequena fábrica da Avenida
Ridge, em Filadélfia, e distribuímo-los por livrarias e lojas de discos, onde
se vendiam a dois dólares cada. Também se podia ver a Jane Friedman à entrada
dos nossos concertos vendendo aqueles que trouxera dentro de um saco das
compras. Entre todos os sítios onde o tocaram, o nosso maior orgulho foi
ouvi-lo na vitrola do Max’s. Ficámos surpresos ao descobrirmos que o nosso aldo
B, «Piss Factory», era mais popular do que o «Hey Joe», o que nos motivou a concentrarmo-nos
mais nos nossos próprios temas.
A poesia continuaria a ser o meu princípio orientador,
mas andava a pensar vir um dia a oferecer ao Robert o que ele queria.
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